Respostas?

Posted terça-feira, agosto 17, 2010 by Catarine Sant'Anna

Perguntas são varias, indecifraveis, irrespondiveis, Porque eu? Por que teve que ser assim? Por que as coisas são tão faceis pra uns e dificeis pra outros? São perguntas sem fim, sem respostas. Nada do que possam te dizer pode reconstruir os pedaços que sobraram do teu coração. Já se sentiu horrivel? vazio? sozinho? é como se dilacerassem todos os sentimentos existentes em mim até hoje...é como se todas as metades de mim não existissem, é como se todas as ilusões acreditadas até hoje, simplesmente acabassem, me sinto desamparada. Mas não quero atormentar as pessoas com meus problemas, eles ja tem demais pra mais um, ou então, estão felizes demais pra preocuparem-se comigo. Isso não é carencia, é realidade. Acredito que eu estou em uma pequena depressão, mas meus psicológico é forte e eu não vou deixar que isso siga em frente. vai passar, eu sei que vai passar...mesmo que demorem dias, mesmo que minhas lagrimas acabem, mesmo que isso seja quase impossivel, eu sei que um dia vou deixar de sentir falta de você, sei que vou deixar de ouvir sua voz mesmo quando você está calado no outro lado do telefone, sei que vou deixar de imaginar um futuro que não vai mais existir pois simplesmente você se vai de mim a cada dia mais e eu sou obrigada a conformar-me com isto. sou obrigada a conformar-me com a falta do teu amor, com a falta de você.

Do outro lado da tarde.

Posted sábado, agosto 14, 2010 by Catarine Sant'Anna

Sim, deve ter havido uma primeira vez, embora eu não lembre dela, assim como não lembro das outras vezes, também primeiras, logo depois dessa em que nos encontramos completamente despreparados para esse encontro. E digo despreparados porque sei que você não me esperava, da mesma forma como eu não esperava você. Certamente houve, porque tenho a vaga lembrança - e todas as lembranças são vagas, agora -, houve um tempo em que não nos conhecíamos, e esse tempo em que passávamos desconhecidos e insuspeitados um pelo outro, esse tempo sem você eu lembro. Depois, aquela primeira vez e logo após outras e mais outras, tudo nos conduzindo apenas para aquele momento.

Às vezes me espanto e me pergunto como pudemos a tal ponto mergulhar naquilo que estava acontecendo, sem a menor tentativa de resistência. Não porque aquilo fosse terrível, ou porque nos marcasse profundamente ou nos dilacerasse - e talvez tenha sido terrível, sim, é possível, talvez tenha nos marcado profundamente ou nos dilacerado - a verdade é que ainda hesito em dar um nome àquilo que ficou, depois de tudo. Porque alguma coisa ficou.
- Caio Fernando Abreu